Antiviral espanhol reduz 99% da carga viral da Covid-19, aponta estudo
Plitidepsina é o remédio mais potente contra o Sars-CoV-2

Foto: Divulgação / El Correo
O medicamento plitidepsina, produzido pela empresa espanhola PharmaMar e testado em laboratórios da França e Estados Unidos, demostrou reduzir 99% da carda viral do Sars-CoV-2, causador d Covid-19, doença do novo coronavírus.
Os testes "in vitro" e "in vivo" foram realizados e modelos animais com o medicamento, que foi usado como antitumoral, apresentaram uma eficácia antiviral e um perfil de toxicidade promissores, segundo afirmou a empresa espanhola no estudo publicado na revista Science, na última quarta-feira (27).
Até o momento, esse é o composto mais potente descoberto, segundo autores, que destacam que deveria ser testado em ensaios clínicos ampliados para o tratamento da Covid-19.
O texto afirma que a atividade antiviral da plitidepsina contra o Sars-CoV-2 ocorre através da inibição de um alvo conhecido (eEF1A)" e que o medicamento "in vitro" demonstrou uma forte potência antiviral, na comparação de outros contra o vírus.
"Acreditamos que os nossos dados e os resultados positivos iniciais do ensaio clínico da PharmaMar sugerem que a plitidepsina deve ser seriamente considerada para ensaios clínicos ampliados para o tratamento da covid-19", destacam os pesquisadores.
O trabalho é o resultado de uma colaboração entre a PharmaMar e os laboratórios dos pesquisadores Kris White, Adolfo García-Sastre e Thomas Zwaka, nos Departamentos de Microbiologia e Biologia Celular, Regenerativa e de Desenvolvimento da Escola de Medicina Icahn do Monte Sinai, em Nova York; Kevan Shokat e Nevan Krogan, do Instituto de Biociências Quantitativas da Universidade da Califórnia, em San Francisco; e Marco Vignuzzi, do Instituto Pasteur, em Paris.