António Guterres lamenta que armas nucleares ainda representam perigo global
Secretário-geral da ONU apresentou ações para impedir nova “carnificina nuclear”
Foto: ONU/Evan Schneider
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, lamentou nesta segunda-feira (18) que, quase oito décadas após a "incineração de Hiroshima e Nagasaki", as armas nucleares ainda representam um perigo claro e presente para a paz e a segurança global.
Durante participação em um debate aberto do Conselho de Segurança sobre "Desarmamento Nuclear e Não-proliferação", ele lembrou que a nação asiática "conhece melhor do que qualquer outro país do mundo o custo brutal da carnificina nuclear".
Para o líder das Nações Unidas, os dias atuais representam um momento em que as tensões geopolíticas e a desconfiança "aumentaram o risco de guerra nuclear ao seu ponto mais alto em décadas". Segundo Guterres, “o relógio do Juízo Final está batendo alto o suficiente para que todos possam ouvir”.
Caminhos
Diante da ameaça das armas nucleares, António Guterres defende que existe apenas um caminho para vencer “esta sombra insensata e suicida, de uma vez por todas": o desarmamento imediato. Ele pediu que os países detentores de armamento nuclear liderem o processo por meio de seis ações.
As duas primeiras consistem em aumentar o diálogo para prevenir o uso de armas nucleares e acabar com a troca de ameaças. Em terceiro lugar, Guterres destacou a importância de reafirmar as moratórias sobre os testes nucleares.
O quarto passo proposto é transformar os compromissos com desarmamento em ação e o quinto um acordo conjunto de primeira utilização, no qual todos os países com esse tipo de arsenal devem concordar que nenhum deles será o primeiro a utilizar armas nucleares. A última ação da lista é a redução no número de armas nucleares.