Anvisa autoriza Pfizer a realizar estudos clínicos para desenvolver 3 ª dose
A farmacêutica objetiva reforça a dose contra COVID-19 para maior proteção contra infecção das novas variantes
Foto: Denis Balibouse/REUTERS
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a Pfizer a conduzir um estudo clínico no Brasil sobre a efetividade da aplicação de uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para maior proteção contra infecção das novas variantes.
Os Estados Unidos liberou que a farmacêutica aplicasse dose de reforço na população americana, tendo em vista as discussões a cerca da nova variante Delta que assola o mundo. No Brasil, no entanto, a prevalência é da variante Gama, detectado em Manaus. Entretanto, já sabe-se que a variante Delta circula em São Paulo, e, provavelmente, no Rio de Janeiro.
De acordo com dados do estudo produzido pela Pfizer nos Estados Unidos revelam que a dose extra cria níveis de anticorpos cinco a dez vezes mais resistentes do que com apenas a aplicação de duas doses.
Até o momento, segundo a Anvisa, a Pfizer é a única farmacêutica que pediu autorização para a realizar o estudo. A pesquisa pretende avaliar a segurança, a imunogenicidade (capacidade de estimular a produção de anticorpos contra o agente causador de uma doença) e a eficácia de várias estratégias de reforço da vacina em diferentes populações que já receberam duas doses do imunizante.
O estudo prevê o recrutamento de 443 voluntários no centro clínico do Hospital Santo Antônio das Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador, e 442 participantes no Centro Paulista de Investigação Clínica e Serviços Médicos, em São Paulo, onde a vacina foi testada originalmente.
O Instituto Butantan informou ainda que estuda "a possibilidade de um reforço anual da vacina (que não deve ser confundido com uma terceira dose)" para ampliar sua eficiência. No caso da AstraZeneca, estudos da Universidade de Oxford, que desenvolveu o imunizante, apontaram uma resposta imune mais robusta com a terceira dose.