Anvisa marca reunião para analisar importação da vacina Sputnik contra Covid-19
Agência cobra relatório e dados sobre fabricação
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta sexta-feira (23), que realizará na próxima semana duas reuniões extraordinárias para avaliar processos referentes ao enfrentamento da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Uma das reuniões vai tratar dos pedidos de importação da vacina Sputnik feitos por estados e municípios.
De acordo com a Anvisa, a reunião extraordinária da Diretoria Colegiada sobre a Sputnik será na próxima segunda-feira (26), às 18h. "A data da reunião foi marcada em razão do prazo de 30 dias definido pela Lei, e confirmado pelo STF, para que a Anvisa avalie os pedidos de importação de vacinas para Covid sem registro", explicou a Anvisa em nota.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, disse na última terça-feira (13), que a Anvisa tem até o fim deste mês para decidir sobre a "importação excepcional e temporária" de doses da Sputnik V. O ministro tomou a decisão em uma ação protocolada pelo governo do Maranhão, que diz ter negociado 4,5 milhões de doses da vacina produzida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia.
O governo federal e ao menos nove estados têm acordos para compra de milhões de doses do imunizante. Em março de 2021, o Ministério da Saúde fechou contrato para 10 milhões de doses, sendo que 400 mil doses já estavam previstas no cronograma de abril. A vacina Sputnik V teve eficácia de 91,6% contra a doença, segundo resultados preliminares publicados na revista científica "The Lancet". A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.
Pendências
Uma das principais cobranças da Anvisa para análise da Sputnik era a falta do "relatório técnico" que embasou a concessão do Certificado de Registro emitido pelo Ministério da Saúde da Rússia. O documento deve detalhar os aspectos de qualidade, segurança e eficácia da vacina que subsidiaram a decisão da autoridade estrangeira.