Ao lado de ministro espanhol, Lula afirma que é preciso enfrentar extremismo, racismo e discursos de ódio
Declaração surgiu após reunião bilateral na manhã desta quarta-feira (06)
Foto: Reprodução / Tv Globo
O presidente Lula esteve ao lado do primeiro-ministro da Espanha Pedro Sánchez na última quarta-feira (6) em uma reunião bilateral, e afirmou que é preciso unir forças para enfrentar o extremismo, o racismo e os discursos de ódio. Por sua vez, Sánchez afirmou que os dois países compartilham muitos pontos, principalmente os interesses comerciais sólidos e o desejo de estreitar os vínculos.
"Espanha e Brasil são duas grandes democracias que enfrentam o extremismo, a negação da política e o discurso de ódio, alimentados por notícias falsas. Nossa experiência no enfrentamento da extrema direita, que atua coordenada internacionalmente, nos ensina que é preciso unir todos os democratas. Não se pode transigir com o totalitarismo nem se deixar paralisar pela perplexidade e pela incerteza ante a essas ameaça'', afirmou o presidente brasileiro.
Nesta quarta os dois assinaram atos de cooperação entre os dois países, e sem citar o caso do jogador de futebol Vinicius Jr, atacante do Real Madrid e da seleção brasileira, Lula afirmou que Brasil e Espanha registraram episódios de racismo, xenofobia e discriminação racial, principalmente no esporte.
Além disso, Lula também citou alguns desafios comuns aos dois países como a regulação da inteligência artificial, o enfrentamento às mudanças climáticas e a tributação dos superricos, afirmado que ''é preciso unir todos os democratas''.
Já o primeiro-ministro disse que os países devem criar um mecanismo de dialogo, destacando a importância da defesa da democracia a atos extremistas, citando o ocorrido em 8 de janeiro em Brasília.
Sànchez declarou que o Brasil é um destino atrativo para investimentos por parte da Espanha, e que ambos os países tem potencial para o desenvolvimento sustentável.
O primeiro-ministro está em visita oficial ao Brasil, e deve visitar as obras de ampliação do metrô de Brasília, que são lideradas pela empresa espanhola Acciona.