Ao STF, Aras afirma não haver crime na gravação entre Bolsonaro e Kajuru
"O presidente manifestou sua perspectiva pessoal", disse Aras
Foto: Agência Brasil
O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta terça-feira (27) que não vê elementos para a abertura de uma investigação pelos crimes de advocacia administrativa e corrupção ativa contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), após o diálogo com o senador Jorge Kajuru (GO).
Para Aras, "não há como se extrair das falas transcritas que o presidente da República defendeu, ao manifestar-se pela ampliação da investigação, interesses particulares de outrem".
"O presidente da República manifestou sua perspectiva pessoal de que seria mais prudente ampliar o escopo da investigação, de forma que todo aquele que tivesse praticado alguma irregularidade, independentemente da unidade federativa ou da esfera de poder, pudesse ser responsabilizado", diz o documento.
Kajuru havia gravado um telefonema entre ele e o presidente. Na conversa, Bolsonaro pressionou para que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a condução do governo federal na Covid-19 seja ampliada para investigar também governadores e prefeitos.