Apenas 24,5% das pessoas com deficiência trabalhavam na Bahia em 2019, diz IBGE
Número é quase metade das pessoas sem deficiência
Foto: Reprodução/TV Brasil
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quarta-feira (21), mostram que, em 2019, a proporção de pessoas com deficiência que trabalhavam na Bahia (24,5%) era quase metade das pessoas sem deficiência (56,5%).
Segundo o levantamento, ter ao menos uma deficiência significava naquele ano estar em desvantagem nos principais indicadores do mercado de trabalho. No estado, ainda em 2019, a taxa de participação na força de trabalho das pessoas com deficiência, ou seja, a proporção das que tinham 14 anos ou mais de idade e estavam trabalhando ou procurando trabalho, era 29,0%. O número é menos da metade daquele entre as pessoas sem deficiência (64,4%).
No Brasil como um todo, a distância era parecida: 28,3% das pessoas com deficiência estavam na força de trabalho, frente a 66,3% das pessoas sem deficiência. Quando entravam no mercado, a dificuldade em efetivamente conseguir um trabalho era maior para quem tinha deficiência. Na Bahia, a taxa de desocupação chegava a 15,4% para quem tinha deficiência, a maior do país, enquanto era de 12,2% para as pessoas sem deficiência. No Brasil como um todo, as taxas eram, respectivamente, de 10,3% e 9,0%.
Mais 1 milhão tinha alguma dificuldade
Em 2019, viviam 1,485 milhão de pessoas de 2 anos ou mais de idade com pelo menos uma deficiência no estado, seja ela visual, auditiva, física ou mental. Isso significa que 10,3% da população baiana nesse grupo etário, ou 1 em cada 10 pessoas de 2 anos ou mais, tinha muita dificuldade ou não conseguia de maneira alguma enxergar, ouvir, se locomover, utilizar os membros superiores ou realizar atividades habituais.
Segundo o levantamento, o percentual de pessoas com deficiência na Bahia (10,3%) ficou acima do verificado no país como um todo e foi o 4° maior entre as 27 unidades da Federação. Em termos absolutos (1,485 milhão), o estado tinha o 3o maior total de pessoas com deficiência. No Brasil, em 2019, 8,4% da população de 2 anos ou mais de idade tinham ao menos uma deficiência, o que correspondia a 17,258 milhões de pessoas.
Acima da Bahia, com as três maiores proporções, estavam Sergipe (12,3%), Paraíba (10,7%) e Ceará (10,6%). No outro extremo, ficavam Distrito Federal (5,2%), Mato Grosso (5,6%) e Roraima (5,9%). Em números absolutos, apenas São Paulo (3,316 milhões) e Minas Gerais (1,976 milhão) superavam a Bahia.
