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Apesar de indícios de autoria, acusado de matar esposa grávida mantém versão de tiro acidental, afirma polícia

Novas perícias foram feitas e a polícia aguarda a conclusão dos laudos periciais que foram solicitados

Por Da Redação
Ás

Apesar de indícios de autoria, acusado de matar esposa grávida mantém versão de tiro acidental, afirma polícia

Foto: Reprodução

O ex-vereador da cidade de Santo Estevão George Abreu, acusado pelo assassinato da esposa grávida de 9 meses, Jéssica Regina Macedo do Carmo, 31 anos, no dia 5 de fevereiro, segue em prisão temporária no Conjunto Penal de Feira de Santana. Em novos depoimentos à polícia, ele manteve a mesma versão de que o tiro que atingiu a vítima nas costas ocorreu de forma acidental. O filho que o casal esperava também faleceu. 

Ainda que o acusado declare não ter sido o autor do crime, o coordenador de Polícia Civil, delegado Roberto Leal, que acompanha o caso disse, durante entrevista ao Acorda Cidade, que a polícia possui fortes indícios que demonstram que o ex-vereador tirou a vida da esposa.

“Ele manteve a versão original afirmando que foi um acidente, um disparo acidental, e manteve a mesma versão apresentada quando esteve na delegacia no plantão central no dia 5 de fevereiro. A Polícia Civil tem um entendimento inicial de que não houve um acidente, por isso foi representado pela prisão temporária, porque há indícios que apontam a participação dele nesse fato."

"Agora temos 30 dias a partir do dia 10 de fevereiro, que foi o dia do cumprimento da prisão temporária, para conclusão desse procedimento. Há diversas diligências que ainda precisam ser concluídas, oitivas de pessoas. Essa semana foram realizadas algumas oitivas pela Delegacia de Santo Estevão, e a semana que vem já tem agendadas duas oitivas de testemunhas que serão ouvidas sobre o fato e outras diligências que forem necessárias”, disse o delegado.

De acordo com Leal, se for necessário, a Polícia Civil pode representar pela prorrogação da prisão temporária do acusado, a fim de concluir o procedimento.

“Precisamos entender ser havia algum fato ou motivação que pudesse ter levado ao crime, por isso a necessidade de ouvir outras pessoas. Ele manteve a mesma versão apresentada nas declarações. O que fizemos foi um contraponto a esses fatos, através do interrogatório. Sobre a retirada das câmeras da residência, ele informou que foi por necessidade, mas vamos ter que averiguar todas as informações prestadas”, informou.

O delegado ainda destacou que novas perícias foram feitas e a polícia aguarda a conclusão dos laudos periciais que foram solicitados.

“A previsão é em um prazo de oito dias já estejam prontos. Após encaminhar o caso para o MP, se for o entendimento do órgão de oferecer a denúncia no prazo de cinco dias, caso seja necessário, o Ministério Público pode também requisitar outras diligências para conclusão do procedimento, e se for o entendimento do juiz mais adiante que ele realmente foi o autor do crime, ele será pronunciado e será levado a júri popular no prazo estabelecido”, concluiu o delegado.

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