Apesar do alerta, ministra da Saúde descarta pandemia de Mpox no Brasil
Ministério está elaborando um plano para a criação de um centro de emergência voltado para viajantes
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta quarta-feira (21), que, no momento, não há risco de pandemia de Mpox no Brasil. A declaração foi feita após ser questionada sobre a possibilidade de a doença se comparar à Covid-19 durante entrevista ao Live CNN.
“Embora seja um alerta importante, não estamos diante de uma situação que justifique um alarme de pandemia”, afirmou Trindade, ressaltando que o foco é a conscientização sobre os sintomas da doença, e não um estado de emergência global.
Sobre as medidas de prevenção, a ministra revelou que o Ministério da Saúde está elaborando um plano para a criação de um centro de emergência voltado para viajantes. Este projeto, desenvolvido em colaboração com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vai intensificar a comunicação em portos e aeroportos sobre a Mpox. A ministra destacou que as medidas de segurança não se restringem apenas a viajantes oriundos de países africanos, pois casos também foram registrados em outras partes do mundo, como na Suécia.
Além disso, a ministra enfatizou que não há recomendações atuais para campanhas que orientem brasileiros a evitar viagens a países da África Central. Em vez disso, o Brasil está considerando a realização de missões de apoio junto à Organização Mundial da Saúde (OMS) para ajudar a enfrentar surtos em regiões afetadas.
Em relação a vacina contra a doença, Nísia Trindade anunciou que o Brasil está desenvolvendo uma vacina em parceria com o Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). No entanto, a ministra alertou que a vacina ainda está em estágio inicial de desenvolvimento e não é adequada para as variantes atuais devido ao tempo limitado de pesquisa.
A ministra também mencionou a criação de uma "biblioteca de vacinas" como uma medida essencial para enfrentar futuros desafios. Contudo, até o momento, não há planos para uma campanha de vacinação em massa.