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Economia

Apesar do reajuste da gasolina e gás de cozinha, Petrobras tem preços 10% abaixo do que o mercado internacional

Refinarias privadas estudam entrar na Justiça para que estatal pratique preços liquidados aos internacionais

Por Da Redação
Ás

Apesar do reajuste da gasolina e gás de cozinha, Petrobras tem preços 10% abaixo do que o mercado internacional

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A Petrobras anunciou que vai aumentar o preço de venda da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras, a partir desta terça-feira (9). De acordo com a estatal, a alta será de 7,11%, ou R$ 0,20 por litro. Mesmo com o reajuste, os preços praticados pela petroleira ainda estão abaixo dos valores no mercado internacional.

Segundo um levantamento divulgado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), na noite desta segunda-feira (8), os novos preços da Petrobras têm uma defasagem média de R$ 0,34 por litro e fica 10% abaixo do que o do produto importado.

A Abicom reflete instabilidades no mercado internacional, levando em consideração flutuações na cotação do dólar, no preço do petróleo, valores de frete e outros fatores.

A empresa tem atrasado os reajustes no preço dos combustíveis em cerca de um mês, mas não deixa de repassar no Brasil os aumentos do mercado internacional, de acordo com um outro levantamento feito pelo portal g1.

Os repasses de alta demoram cerca de um mês para ocorrer. Já quando o movimento é de queda no mercado internacional, a estatal repassa a redução com mais rapidez. Ao segurar o aumento e repassar rapidamente a redução, a Petrobras não toma prejuízo.

Protestos

As refinarias privadas estudam entrar na Justiça contra a estatal. Elas alegam que a política de preços prejudica a concorrência. 

O presidente da Refina Brasil, Evaristo Pinheiro, disse, no último sábado, que a associação, que responde por 20% da capacidade de refino no país, estudava acionar a companhia, com o argumento de que a estatal não repassa as variações internacionais do petróleo e do dólar aos preços dos combustíveis como gasolina e diesel.

A estatal deixou de seguir a política de paridade de importação (PPI), que reajustava o preço dos combustíveis com base nos fatores reivindicados pelas refinarias privadas.

Antes, o preço dos combustíveis vendidos para as distribuidoras no Brasil era determinado pelo custo de importar e trazer os produtos até os portos nacionais. Mas isso fazia com que a estatal repassasse instabilidades ao mercado interno.

Seguindo promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a nova política diminui a flutuação de preços no mercado internacional, e altera os valores quando considera necessário.

Críticos afirmam que como uma empresa que compete no mercado, tem que praticar preços internacionais, sob o risco de tomar prejuízos e perder competitividade.

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