Após 7 anos, Fachin nega pedido de prorrogação de investigação contra Renan e Jucá
Politícos são investigados no STF desde março de 2017 por suposto recebimento de propina da Odebrecht
Foto: Waldemir Barreto/ Agência Senado
O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, negou o pedido do Procurador Geral da República (PGR), Paulo Gonet, para prorrogar um inquérito envolvendo o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-senador Romero Jucá. A investigação mira a suposta coleta de propina de R$5 milhões da Odebrecht e tramita na Corte desde 2017.
Segundo a PGR, a Polícia Federal (PF) revelou que ainda há diligências em andamento. No entanto, Fachin, que é relator do caso e já vinha cobrando sua conclusão, citou que a apuração já dura quase 7 anos e disse ser “desnecessária” a nova prorrogação.
O ministro também ordenou que a PF encaminhe as conclusões em até 15 dias. Depois disso, ele quer que o processo seja enviado à PGR para “manifestação conclusiva”.
Desde o início de sua tramitação no Supremo Tribunal Federal sobre a relatoria do ministro Edson Fachin, o inquérito já teve o prazo de conclusão esticado 14 vezes pelo ministro, a pedido da Polícia Federal e com concordância da PGR. Ao despachar as mais recentes prorrogações, Fachin vinha cobrando os investigadores a chegarem a uma conclusão, em nome do “postulado constitucional da duração razoável do processo”.