Após Banco do Brasil acionar AGU contra fake news, Haddad diz que bolsonarismo tenta "minar" instituições públicas
Ministro da Fazenda afirma que disseminação de informações falsas sobre o Banco do Brasil faz parte de uma ação deliberada para enfraquecer instituições brasileiras

Foto: Diogo Zacarias/MF
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) têm feito ataques ao Banco do Brasil (BB), dentro de uma ação combinada que tem o objetivo de "minar instituições públicas" do país.
A declaração foi feita no sábado (23), em entrevista ao "Jornal GGN", após o BB pedir à Advocacia-Geral da União (AGU) que tome providências jurídicas contra perfis que realizam publicações com fake news sobre a instituição.
"Tem acontecido um ataque ao Banco do Brasil por parte do bolsonarismo (...) Há projetos de lei no Congresso para perdoar dívidas do agronegócio, que não está com problemas, no Banco do Brasil. Está aumentando a inadimplência no Banco do Brasil por uma ação concertada, deliberada, de bolsonaristas que estão tentando minar as instituições públicas", disse.
Desde o começo da semana, o Banco do Brasil colocou em curso uma estratégia de contenção de danos. A própria diretoria ligou para os 100 maiores investidores para dar esclarecimentos sobre as fake news.
No ofício enviado à AGU, o banco disse que os boatos configurariam ameaça não só à instituição mas a todo o Sistema Financeiro Nacional.
As postagens recomendam a retirada de recursos do BB ao alegar que o banco estaria sofrendo sanções do governo dos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky, sancionada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
• Tire dúvidas sobre a Lei Magnitsky e seus impactos na economia brasileira
O BB destaca ainda que a Lei 7.492/1986, que trata de crimes contra o sistema financeiro nacional, pune com multa e pena de dois a seis anos de reclusão quem divulga informações falsas ou incompletas sobre instituições financeiras.