Após bloqueio do Brasil, Cúpula do Clima adia decisões
Salles, que representou a delegação brasileira na COP, declarou à imprensa que o objetivo na conferência era de angariar recursos para o Brasil
Foto: Sergio Lima / AFP
Terminou na madrugada do último domingo (15), a conferência climática da ONU, COP25, que não teve seu objetivo alcançado: a regulamentação do artigo 6 do acordo de Paris, onde trata da criação de um mercado de crédito de carbono para incentivar ações de mitigações dos efeitos das mudanças climáticas.
O Brasil foi um dos países que bloqueou o consenso, já que a mudança de tática da negociação imposta pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, dificultou as decisões, segundo observadores e diplomatas de delegações de países desenvolvidos.
Para o ministro Salles, que representou a delegação brasileira na COP, usou as reuniões bilaterais com os países desenvolvidos para pedir dinheiro ao Brasil, como estratégia para desbloquear a negociação.
Salles declarou à imprensa que o objetivo na conferência era de angariar recursos para o Brasil. O ministro chegou à COP uma semana antes da sua participação ser prevista na conferência e manteve reuniões com executivos da Telefônica, Santander e Shell. Mas não foi anunciado nenhuma nova parceria até o final da conferência.
