Após coronavírus, indústria de carros na China já produz com 90% da capacidade
Fábricas retomam produção mas vendas voltam lentamente aos patamares de 2019
A China fortemente atingida pela pandemia do coronavírus começa a retomar a vida normal pelo menos no setor automotivo, um dos principais propulsores da economia chinesa. Enquanto isso o Comitê Organizador do Salão Automóvel Internacional de Pequim 2020 decidiu nesta semana adiar o evento previsto para o final deste mês (21 a 30 de abril) para o período de 26 de setembro a 05 de outubro. Segundo o comitê a intenção é proteger a vida dos frequentadores e profissionais mas a decisão foi tomada após a suspensão do Salão de Paris programado para o mesmo período.
O evento bianual é realizado em alternância com o Salão de Xangai e desta vez foi adiado por conta da pandemia do coronavírus. A indústria automotiva da China ficou parada praticamente por 90 dias. Só a partir da semana passada a produção foi reativada e segundo as autoridades locais está 90% normalizada.
Em termos globais a indústria chinesa, considerando os principais setores como eletroeletrônicos e automóveis, caiu 13,5% no primeiro trimestre do ano por conta da pandemia. No período as vendas de automóveis caíram 92% e não há previsão para uma recuperação completa neste ano.
Fábricas como Volvo, GM, Honda, Ford, PSA (Peugeot e Citroen além da divisão DS) já informaram a retomada completa de suas fábricas. A Volkswagen divulgou que o ritmo de recuperação das vendas tem sido satisfatório nos últimos dias. Além dos modelos a combustão a VW tem duas fábricas dedicadas a produção de modelos elétricos baseados na plataforma compacta MEB. Tanto o ID.3 quanto o ID.4 e possivelmente a nova geração do A1 elétrico devem ser feitas nesta unidade.