Após desabamento de imóveis, famílias atingidas receberão novas moradias
Segundo o vice-prefeito Bruno Reis, as razões dos desabamentos são responsabilidade da Embasa
Foto: Divulgação
Após o desabamento de cinco imóveis na região da Fazenda Grande do Retiro, em Salvador, na madrugada desta sexta (4), o vice-prefeito e secretário municipal de Infraestrutura e Obras Públicas, Bruno Reis, esteve no local para acompanhar as intervenções dos órgãos da prefeitura.
Segundo o vice-prefeito, os desabrigados ganharão novas moradias no Conjunto Habitacional Barro Branco, que ainda está em fase de construção na localidade do Alto do Peru. Até lá, as famílias desabrigadas irão contar com o auxílio de benefícios sociais.
Ainda de acordo com Bruno Reis, as razões dos desabamentos são de responsabilidade da Embasa, que segundo ele, já havia sido notificada desde maio. "Desde maio a empresa acionou a Embasa para investigar esse acúmulo de água. Contratamos um técnico, que emitiu um laudo informando que o problema era o vazamento de água. Mas a concessionária não tomou providências. Vamos demolir algumas casas que estavam condenadas para continuar a investigação, para saber também se foi a obra da encosta que provocou o rompimento de alguma adutora ou não", disse.
A líder do PT na Câmara de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues criticou o vice-prefeito Bruno Reis, afirmando que ele age de má-fé ao tentar ludibriar a população jogando para a Embasa a responsabilidade pelo deslizamento da encosta e desabamento das casas.
“A Embasa está emitindo uma nota técnica em breve sobre o assunto, mas a informação é de que a obra da prefeitura foi mal feita e vem causando danificação ao sistema de abastecimento de água. È uma irresponsabilidade da prefeitura querer atribuir à Embasa os danos causados pela falta de transparência e de profissionalismo do município”, declarou a vereadora.
Procurada pelo FAROL DA BAHIA, a Embasa ainda não se manifestou sobre as declarações.
Os imóveis já tinham sido condenados pela Codesal após o surgimento de rachaduras, que começaram em julho e se agravaram após chuvas fortes em agosto. Na quinta-feira (3), parte de um dos imóveis já havia desabado. Desde agosto, quando parte de uma parede também desabou, a Defesa Civil alertou que 29 imóveis precisaram ser desocupados por causa do risco de desabamento.
De acordo com a Defesa Civil como os imóveis estavam condenados, ninguém estava neles e, portanto, não houve feridos.