Após desabamento, usuários utilizam ponte de terminal marítimo em Salvador de maneira improvisada
Área foi isolada pela Defesa Civil de Salvador, no entanto, pedestres seguem passando pelo local
Foto: Reprodução / TV Bahia
No início da manhã desta segunda-feira (6), pedestres utilizam a ponte do terminal marítimo de São Tomé de Paripe de maneira improvisada. Parte do equipamento desabou, no último sábado (4), no subúrbio de Salvador. A área foi isolada pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) depois do ocorrido, no entanto, usuários continuam passando pela estrutura.
No momento do desabamento, três pessoas caíram na água e sofreram ferimentos leves. Elas transportavam frutas, bebidas e outros materiais que seriam levados para Ilha de Maré, e perderam todas as mercadorias.
O terminal está desativado desde 2016, por questões estruturais. Ainda assim, é utilizado por ser o único acesso de embarcações que fazem a travessia entre São Tomé de Paripe e a Ilha de Maré, que pertence a Salvador e faz parte do arquipélago da Baía de Todos-os-Santos.
O que dizem o governo da BA e a prefeitura
O terminal é de responsabilidade da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra). Em nota, o órgão disse que a empresa que fará a recuperação está contratada e já tem autorização, por parte do governo, para início das obras. De acordo com a pasta, o equipamento será interditado temporariamente para que os reparos sejam feitos.
A Seinfra explica que a obra ainda não teve início porque a empresa vencedora, Tecnocret Engenharia, aguarda solicitações da Prefeitura para obter licenças obrigatórias. A nota diz ainda que o governo acionará a empresa para que conclua os trâmites junto ao poder municipal. Após a finalização da obra, a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agerba) fará a concessão do terminal, que deverá ser administrado pela empresa vencedora.
Em nota, a prefeitura de Salvador diz que tem acompanhado a situação e que a Tecnocret deu entrada no processo para a execução das intervenções na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur), no dia 23 de julho de 2021. Quatro dias depois, após análise realizada pelos técnicos do órgão, a secretaria solicitou alguns documentos que, até o momento, não foram apresentados pela empresa.
A prefeitura ainda informa que no dia 11 de novembro, a Defesa Civil de Salvador fez uma vistoria no local e constatou sérios riscos causados pela falta de manutenção. A situação foi informada à Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e à Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado da Bahia (Seinfra), conforme o poder público municipal.