Após dez anos, STF determina arquivamento de inquérito contra jornalista que divulgou escutas da PF
Jornalista Allan de Abreu foi acusado por não revelar fonte que passou o conteúdo
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Foto: Reprodução
Após dez anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o arquivamento do inquérito contra o jornalista Allan de Abreu, que, em 2011, divulgou escutas telefônicas feitas pela própria Polícia Federal (PF).
Na época, Abreu trabalhava para o jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, em São Paulo, e fez reportagens baseadas nas escutas telefônicas da Operação Tamburutaca, que investigava um esquema de corrupção entre auditores fiscais, representantes de sindicatos e empresários, com pagamento de propina para driblar leis trabalhistas.
No inquérito, o então procurador da República, Álvaro Stipp, pediu que o jornalista fosse indiciado por não revelar a fonte que repassou as escutas para ele.
Também na época, Abreu e o jornal Diário da Região tiveram o sigilo telefônico quebrado para investigar como eles obtiveram as escutas.
Na nova decisão, o STF apontou que não há existência de indícios de que o jornalista, ao publicar as reportagens com os conteúdos, tenha concorrido para a intrusão ou para a violação do segredo de justiça.