Após fala de Gleisi, Moro afirma que CPI seria 'um tiro no pé' do PT
Em entrevista, a deputada afirmou não ver “necessidade de CPI" para apurar irregularidades na atuação do ex-juiz
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Em publicação nesta terça-feira (25), o ex-juiz e pré-candidato à Presidência, Sergio Moro (Podemos), afirmou que o Partido dos Trabalhadores desistiu de abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara para investigá-lo por perceber que "seria um tiro no pé".
"O PT recuou da ideia de criar uma CPI contra mim. Percebeu que além de não haver justificativa legal, seria um tiro no pé, pois a CPI seria uma oportunidade de relembrar aqueles que realmente receberam suborno das empresas investigadas na Lava Jato.", publicou.
O PT recuou da ideia de criar uma CPI contra mim. Percebeu que além de não haver justificativa legal, seria um tiro no pé, pois a CPI seria uma oportunidade de relembrar aqueles que realmente receberam suborno das empresas investigadas na Lava Jato. https://t.co/Eeaodezd6o
— Sergio Moro (@SF_Moro) January 25, 2022
Na publicação, Moro também compartilha uma matéria em que a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, afirma não ver necessidade de uma CPI para apurar se houve irregularidades na atuação do ex-juiz durante a extinta operação Lava Jato.
De acordo com ela, em entrevista ao UOL, o partido está “fazendo estudos jurídicos” devido à existência de processos em andamento na Justiça que tratam, por exemplo, de recuperação judicial de empresas. Assim, é preciso saber se a instalação de uma CPI é viável juridicamente.
"Esperamos que o TCU compartilhe conosco os documentos sobre o caso", afirmou Gleisi. "Fico espantada que ele não venha a público dizer quanto ganhou. Ele sempre pregou transparência. Quebrou o sigilo do ex-presidente Lula e de tanta gente para supostamente dar transparência... É engraçado que ele não queira falar sobre isso", completou.