Após França anunciar suspensão, países europeus estudam proibir venda do iPhone 12
Decisão vem após estudos identificarem nível de radiação acima do permitido
Foto: Divulgação/Apple
Após a França, através da Agência Nacional de Frequências (ANFR), determinar a suspensão das vendas do iPhone 12 no país, devido ao alto nível de radiação emitido pelo aparelho, outros países europeus passaram a ficar em alerta sobre o assunto.
A Bélgica, por exemplo, informou, na quinta-feira (14), que vai revisar os riscos à saúde relacionados ao uso do smartphone da Apple, lançado em 2020. O BNetzA, órgão regulador de redes da Alemanha, também informou estar avaliando se a medida por ser adotada para o mercado alemão.
Na Holanda, o órgão de vigilância digital do país pediu explicações a Apple e informou que analisa a questão. Já na Espanha, associações de defesa do consumidor pedem que as autoridades do país sigam os mesmos passos de Paris.
Por outro lado, regiões como a Grã-Bretanha e a Itália não se pronunciaram sobre o caso até o momento.
Entenda o caso
Na terça-feira (13), a ANFR determinou que a Apple interrompesse as vendas do iPhone 12. Na decisão, as autoridades daquele país informaram que o aparelho emite uma “quantidade excessiva de radiação eletromagnética” e pediu para que a empresa corrigisse o problema nos lotes disponibilizados no mercado.
A determinação aconteceu após o aparelho falhar em dois testes de ondas eletromagnéticas e um dia depois do lançamento do novo modelo da empresa, o iPhone 15. Ao todo, a agência francesa avaliou 141 smartphones e chegou à conclusão de que o iPhone 12, no bolso e na mão, libera 5,74 watts de energia eletromagnética, absorvida por contato pelo portador.
A decisão pode gerar impactos negativos para a fabricante norte-americana, já que a região da Europa é uma das mais lucrativas para a empresa. Somente no ano passado, a receita da Apple atingiu cerca de US$ 95 bilhões na Europa, a segunda maior, atrás apenas das Américas.