Após ofensas, Javier Milei convida papa Francisco para visitar Argentina
Presidente argentino afirmou que seria uma oportunidade para solucionar diferenças

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O presidente da Argentina, Javier Milei, tenta convencer o Papa Francisco a visitar o país, algo que não ocorre desde que Jorge Bergoglio assumiu o cargo máximo na Igreja Católica em março de 2013. Em um gesto surpreendente, após críticas ao religioso nos últimos anos, o porta-voz do governo Milei, Manuel Adorni, anunciou na quinta-feira (11) que o mandatário enviou uma carta a Francisco.
No documento, Milei convida o Papa a realizar uma visita à Argentina, com a data a ser definida pelo Vaticano. “A sua presença e a sua mensagem (papal) contribuirão para a unidade de todos e nos darão a força coletiva necessária para preservar a paz, trabalhar pela prosperidade e pelo engrandecimento do nosso país”, afirmou o porta-voz Manuel Adorni.
Logo depois da divulgação do texto, Milei concedeu uma entrevista à rádio argentina "La Red". Na ocasião, o presidente disse imaginar que Francisco tenha uma agenda “ligeiramente complicada”, mas afirmou esperar que o pontífice possa visitar a terra natal. Segundo Milei, a viagem poderia contribuir para dirimir “algumas diferenças”.
Críticas
Durante a campanha eleitoral do ano passado, Javier Milei chegou a dizer que o Papa era “o representante do maligno na Terra”, um “jesuíta que promove o comunismo” e um “personagem imprestável e nefasto”. Pressionado pelos opositores, o presidente chegou a pedir desculpas pelo que disse.