Após perícia, PF aponta que centralização de dados no TSE traria mais segurança às eleições
Nas eleições de 2020, houve atraso na divulgação dos resultados

Foto: Agência Brasil
Em 2018, a Polícia Federal (PF) apontou, após realizar uma perícia no sistema eleitoral, que a centralização da apuração de votos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iria minimizar a exposição dos dados e teria potencial de melhorar “consideravelmente a segurança operacional” do sistema. Até a eleição anterior, os boletins das urnas eram transmitidos para os computadores dos tribunais regionais eleitorais, que totalizavam os votos e enviavam o resultado para o TSE.
Já nas eleições deste ano, que aconteceu no último domingo (15), o tribunal mudou o procedimento e centralizou a totalização dos votos em Brasília. Nas eleições deste ano, houve atraso na totalização dos votos e, consequentemente, na divulgação dos resultados. Na última segunda-feira (16), o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, disse que a centralização dos votos em Brasília foi uma recomendação da Polícia Federal, por razões de segurança. A mudança na apuração foi aprovada na gestão da ministra Rosa Weber na presidência do TSE.
Barroso disse ainda que, segundo o serviço de tecnologia da informação do TSE, a origem do problema na totalização dos votos, que provocou demora de pelo menos duas horas na divulgação dos resultados da apuração, foi a demora da chegada de um supercomputador. Segundo o ministro, o serviço do supercomputador foi contratado em março, mas, em razão da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o equipamento só chegou em agosto.
Com isso, a demora impediu que a equipe técnica do tribunal realizasse todos os testes necessários para que o software aprendesse a calcular os dados com a velocidade e volume necessários.