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Bahia

Após polêmica sobre aprovação em massa, Jerônimo afirma que 'não vai deixar para trás estudantes com dificuldades'

Em publicação em rede social, chefe do Executivo estadual justificou fala que condena reprovação de alunos na rede pública de ensino

Por Da Redação
Ás

Após polêmica sobre aprovação em massa, Jerônimo afirma que 'não vai deixar para trás estudantes com dificuldades'

Foto: Joá Souza/GOVBA

Após receber uma enxurrada de críticas por conta das declarações favoráveis à aprovação automática de estudantes da rede estadual de ensino, o governador Jerônimo Rodrigues usou as redes sociais para defender sua posição em relação ao assunto. Em sua conta no X (antigo Twitter), o chefe do Executivo estadual justificou que não poderia "deixar para trás milhares de estudantes que têm dificuldade".

"Como podemos deixar para trás milhares de estudantes que têm dificuldades? A escola é lugar de esperança. É um ambiente que transforma, acolhe e investe no futuro. É um lugar sagrado, onde temos a oportunidade de tratar cada vida com carinho, zelo e responsabilidade", disse o governador.

A publicação foi feita após, na última segunda-feira (19), o governador criticar professores e escolas que reprovam os alunos. “Fico muito triste, como governador e como professor, quando vejo professoras e professores reprovando alunos. Não pode ser um educador que tenha que dizer no final do ano ‘você está reprovado’. Quando se reprova, é a escola que está reprovada. É a escola que não tem condições de dizer que tirou o aluno da escuridão. A escola que reprova é uma escola autoritária, preconceituosa e não cabe na Bahia de Anísio Teixeira e Rui Barbosa”.

A fala do petista aconteceu após a publicação da portaria 190/2024, que gerou polêmica entre os educadores que a acusam de dificultar a reprovação de estudantes que não tenham conseguido o desempenho exigido durante o ano letivo.

“Ao final dos trabalhos letivos, caso o (a) estudante não obtenha aprovação nas áreas de conhecimento em dependência, o Conselho de Classe deverá avaliar a trajetória do(a) estudante, com fins de progressão para o ano/série seguinte, podendo dispensá-la(o) da dependência, caso entenda que o desempenho global foi satisfatório, ou mantê-lo(la) em dependência, com os devidos registros do desempenho do(a) estudante e das expectativas de aprendizagem não desenvolvidas”, diz um dos artigos da portaria.

Críticas

As falas de Jerônimo foram alvos de diversas manifestações negativas. Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB) disse não ter sido consultado para a elaboração da Portaria e classificou a medida como generalista.

“Não é justo atribuir essa responsabilidade única e exclusivamente aos professores, professoras ou a qualquer instituição de ensino. Temos problemas graves como a evasão escolar, a insegurança, a falta de estrutura, a desvalorização dos trabalhadores em educação. Como professor, o governador sabe que o ato de ensinar não pode se resumir na aprovação ou desaprovação do aluno. Vai muito mais além!”, diz uma parte do comunicado.

A medida também foi criticada por deputados estaduais, como Robinho (PP), que questionou a conduta do governador enquanto atuava como professor na Universidade Estadual de Feira de Santana. Ele ainda associou a orientação à qualidade de ensino no estado.

Já o líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o deputado Rosemberg Pinto (PT) defendeu Jerônimo, ao afirmar que o chefe do Executivo está pensando em novas abordagens para avaliar o aprendizado dos alunos, visando evitar reprovações em larga escala.

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