Após promessa de botijão de gás mais barato, Ministério da Economia diz que não pode reduzir preço
Pasta afirmou que mudanças no mercado ainda não surtiram efeito
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Quase dois anos após o ministro da Economia Paulo Guedes, prometer uma forte queda no preço do botijão de gás, o valor subiu e o Ministério da Economia afirmou que não pode tomar medidas para reduzi-lo. Segundo informou a coluna de Guilherme Amado, da revista Época, nesta quarta-feira (20). “Daqui a dois anos, o botijão de gás vai chegar pela metade do preço à casa do trabalhador brasileiro", disse o ministro em abril de 2019.
A tendência observada, porém, foi de aumento: na época da declaração de Guedes, um botijão de 13 kg custava, em média, R$ 69. Atualmente, o preço é R$ 75, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em 6 de janeiro, a Petrobras anunciou um reajuste de 6% no preço do gás de cozinha para as distribuidoras, essa foi a 11ª alta nos últimos nove meses.
Neste mês o Ministério da Economia afirmou que a pasta não tem poder sobre o tema. O ministério declarou que os preços do gás de cozinha "são livres desde 31 de dezembro e não seria adequado adotar medidas intervencionistas para redução de preços". O posicionamento foi repassado pelo ministério por meio da Lei de Acesso à Informação, em pedido apresentado pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP).