Após protestos, governo russo afirma que não vai dialogar com apoiadores de Navanly
Mais de 5,3 mil pessoas foram presos neste domingo (31)
Foto: Reprodução/Metrópoles
O porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov, afirmou nesta segunda-feira (1º) que não é possível dialogar com os opositores que foram a protestos a favor de Alexei Navanly no domingo (31). “Não pode haver conversa com hooligans e provocadores”, disse Peskov. Esse foi o segundo fim de semana consecutivo de atos políticos e prisões em massa. Da primeira vez, mais de 1,6 mil foram presos. A justiça russa multou a mulher de Alexei Navalny em US$ 265 (cerca de R$ 1.400) pela participação dela nas manifestações.
Mais de 5.300 pessoas foram detidas na Rússia durante os protestos que marcaram o segundo fim de semana consecutivo em que ocorreram manifestações em várias cidades da Rússia para exigir a libertação do principal opositor do governo, Alexei Navalny. Ele está preso desde 17 de janeiro. Naquele dia, ele desembarcou no país depois de ter passado cinco meses em tratamento em Berlim, onde se recuperava de um envenenamento, pelo qual acusa o presidente russo, Vladimir Putin.
Nesta terça-feira (2), Navalny deve comparecer à Justiça para responder por violação de controle judicial e corre o risco de que a pena sob sursis pronunciada em 2014 contra ele se transforme em prisão, conforme solicitado pela administração penitenciária. A Promotoria russa disse apoiar o pedido de prisão, por considerá-lo legal e justificado. O opositor russo enfrenta outros julgamentos, entre eles um por difamação marcado para a próxima sexta-feira (5).