Após quatro anos de operação, Exército quer retirar tropas de Roraima
Presença das Forças Armandas não é mais necessária, diz general Sério Schwingel
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
Há quatro anos, o governo brasileiro mantém a operação Acolhida, comandada pelo Exército brasileiro, a operação recebe e direciona venezuelanos que imigram para o Brasil. Contudo, de acordo com o general Sério Schwingel, a presença das forças armadas já não se faz mais necessária.
"O fim da operação não está próximo. A questão emergencial por conta da crise humanitária na Venezuela ainda ocorre, mas nós temos que pensar no término da missão. Roraima vai sempre conviver com essa questão do fluxo migratório de venezuelanos, mas nós não podemos transformar uma situação emergencial em uma rotina. Em nenhum momento saímos, mas certamente as Forças Armadas terão de ser preservadas. Aí, outros órgãos, outras agências, governos estadual e municipal, vão ter que fazer o seu papel", disse Schwingel.
O general também ponderou que o emprego das Forças Armadas em situações de emergência deve ser "episódico e por tempo limitado". De acordo com ele, uma equipe já iniciou a elaboração de um estudo planejando a diminuição do esforço militar na operação.
Segundo o general, a retirada das tropas só será feita depois que o poder público encontrar uma forma de substituir os militares. O comandante defende um período de transição para que a operação Acolhida deixe de ser coordenada pelo Exército.