Após suspensão do Telegram, Bolsonaro afirma sofrer “perseguição implacável” de Moraes
Em entrevista, presidente afirma que Forças Armadas não servirão de moldura para o sistema eleitoral
Foto: Reprodução/R7
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em entrevista à Jovem Pan, nesta segunda-feira (21), sofrer uma “perseguição implacável” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita após a suspensão do Telegram, aplicativo de mensagens no qual o canal do presidente tem mais de 1 milhão de inscritos.
“Sabemos o que eles querem, o que alguns querem no Brasil, não são todos nem uma instituição. Querem eu [sic] fora de combate e obviamente o Lula eleito. Podem ter certeza: nós, dentro das 4 linhas, podemos fazer com que o processo caminhe dentro da normalidade no Brasil”, disse o presidente.
O chefe do Executivo também destacou que as Forças Armadas não servirão de moldura para dar credibilidade ao sistema eleitoral. Segundo ele, a expectativa é que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) acolha sugestões dada pelo ministro Walter Braga Netto (Defesa), pois “freiam completamente” uma possível fraude.
“O que eu tenho falado para meus ministros é que nós jogamos dentro das 4 linhas. Devemos fazer o possível e o impossível para que o outro lado venha para as 4 linhas. Se formos jogar futebol e o outro lado puder marcar gol de mão, você vai perder”, disse.
“E mais: nem foi tocado no voto impresso. Dá para fazer eleições limpas desde que acolhidas essas sugestões por parte das Forças Armadas. Não podemos disputar eleições sob o manto da desconfiança”, completou.