Após ter perfis bloqueados por Moraes, Monark entra com recurso para reativação das contas
Ministro alega que youtuber publicou fake news sobre o TSE nas redes sociais
Foto: Reprodução
O influenciador Monark entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (28), para tentar reverter a decisão que bloqueou os perfis que ele possui nas redes sociais.
A defesa do youtuber solicita que o autor da decisão, ministro Alexandre de Moraes, reconsidere o bloqueio ou envie o recurso para julgamento no plenário da Corte.
O ministro determinou a suspensão das redes de Monark após receber um alerta do setor de enfrentamento à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do qual é presidente. O órgão denunciou um vídeo em que Monark levanta suspeitas sobre a transparência das urnas e questiona se o TSE teria interesse em “manipular” as eleições.
“A gente vê o TSE censurando gente, a gente vê o Alexandre de Moraes prendendo pessoas, você vê um monte de coisa acontecendo, e ao mesmo tempo eles impedindo a transparência das urnas?”, questiona o influenciador no vídeo. “Qual é o interesse? Manipular as urnas? Manipular as eleições?”, prossegue.
Representante de Monark, o advogado Jorge Urbani Salomão acusa Moraes de parcialidade ao alegar que o ofício do setor de combate a fake news do TSE não é suficiente para justificar a decisão.
“Quem é, na ordem do dia, a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral? É parte? Está substituindo-se ao papel da Procuradoria-Geral da República? Detém algum poder de polícia? Referido órgão, com a importância para a qual deva ter sido criado, até poderá servir ao presente inquérito, mas apenas em caráter meramente de elemento informativo”, questiona Jorge Urbani Salomão.
A defesa alega ainda que o influenciador fez “indagações opinativas, sem caráter de informação”, e que as declarações não podem ser classificadas como fake news.
O bloqueio ordenado por Moraes alcança as contas de Monark no Instagram, Rumble, Telegram, Twitter e YouTube.