Apple destaca a ausência de trabalho infantil em sua conduta

Relatório da Apple que detalha alguns avanços na conduta de trabalho e critérios adotados pela empresa foi divulgado cerca de um mês após a fabricante receber duras críticas por estar supostamente relacionada ao trabalho forçado.

A polêmica foi motivada por um outro relatório, desta vez divulgado pelo site The Information, que acusava as fornecedoras da fabricante do crime. Na ocasião, a Apple negou todas as alegações, garantindo que realiza um monitoramento das condições de trabalho periodicamente, inclusive durante a pandemia de covid-19.

No documento, a empresa cita uma redução das principais violações de seu código de conduta e destaca a ausência de trabalho infantil. Os tópicos abordados, no entanto, são bem mais amplos, indo desde o tratamento de trabalhadores, passando pelo uso de energias renováveis, até as políticas de segurança adotadas durante a pandemia de covid-19.

Ainda são citados problemas com fornecedores, que não cumpriram as diretrizes da Apple, como horários de trabalho. E, embora o documento tenha como objetivo dar um “ar de transparência e confiabilidade” para a empresa, não foram informados os endereços dos fornecedores — dado que foi divulgado no último ano.

Monitoramento em meio à pandemia

A Apple garantiu que, mesmo diante das dificuldades geradas pela pandemia de covid-19, manteve as análises sobre as condições de trabalho dos funcionários em dia. No total, 1.121 avaliações foram realizadas em 53 diferentes países com 57.618 trabalhadores.

Embora não tenha relatado nenhum caso de trabalho infantil, como ocorreu em 2019, a empresa citou casos de violações. Ainda destacou que, em 2020, foram rejeitados 8% dos fornecedores e parceiros em potencial devido a possíveis problemas de conformidade. Mas, é sempre bom lembrar que, embora os resultados sejam aparentemente muito positivos, a fabricante tem um longo histórico de violação de direitos trabalhistas.