Apresentadora Márcia Goldschmit diz que perdeu R$ 17 milhões na XP
Márcia notificou a judicialmente por por suposta má gestão, negligência e falhas na condução de seus investimentos no exterior
Foto: Divulgação/Record
A apresentadora Márcia Goldschmidt afirma ter tido um prejuízo de R$17 milhões com a XP Investimentos. Ela notificou judicialmente a XP por suposta má gestão, negligência e falhas na condução de seus investimentos no exterior.
A notificação tem o intuito de buscar um acordo para reparar perdas. No entanto, advogados acreditam que o caso deve parar na Justiça. Segundo o documento, a XP convenceu Márcia a fazer operações cujos riscos teriam sido ocultados. Ao jornal Folha de S.Paulo, a corretora disse que não comentaria o caso.
Em resposta à defesa de Márcia, a XP alegou, contudo, que as operações foram feitas fora do Brasil e devidamente autorizadas pela apresentadora. Acrescentou ainda que, não faz parte do contrato de prestação de serviço realizado entre a cliente e a Sartus Capital, antes chamada de XP Europa e, agora, Cité Gestion.
Pelas operações terem sido realizadas fora do país, já que a apresentadora mora na Espanha, a empresa afirmou que não podem ser avaliadas pela visão brasileira. Márcia mora na Espanha desde 2011.
O primeiro grande prejuízo, segundo Márcia, foi em 2020, numa remessa de recursos para as contas na Europa. Em meio ao processo de conversão do câmbio, o abalo financeiro causado pela pandemia de covid-19 atingiu em cheio a transação.
Conversas anexadas à notificação judicial mostram o consultor tentando tranquilizar a apresentadora de que a operação não daria prejuízo. "Estamos em cima e vai dar certo", afirmou o profissional.
Segundo os advogados de Márcia, ela perdeu mais de US$ 500 mil com a variação do câmbio. Para tentar recuperar parte desse valor, o consultor teria feito outra operação que deu errado e ampliou a perda para US$ 1,5 milhão.
Outro caso anexado mostra que em 2018, o consultor ofereceu a possibilidade de um novo tipo de investimento que traria 100% de retorno em, no máximo, 18 meses. O retorno não aconteceu. A notificação destaca que não se trata apenas de uma ou outra operação prejudicial, mas de inúmeros atos irregulares que provocaram perdas de US$ 3 milhões.