Apresentando o maior nível em seis anos, taxa de juros já afeta atividade econômica do Brasil
Nessa quarta-feira (1°), a Selic ficou em 13,75%, pela quinta vez seguida
Foto: Reprodução/Agência Brasil
A taxa básica de juros, que registra o maior patamar dos últimos seis anos, começa a apresentar os primeiros efeitos negativos para a economia nacional, diante do freio na atividade dos três principais setores responsáveis pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) — soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país.
Com base nos dados do Banco Central, entre março de 2021 e agosto do ano passado, a taxa Selic saiu 11,25 pontos percentuais, de 2% para 13,75% ao ano. O resultado foi influenciado pela tentativa de conter o avanço da inflação, que seguia rumo ao teto da meta pré-estabelecida pelo governo.
Nessa quarta-feira (1º), na primeira decisão no governo Lula, o Copom estabeleceu a taxa em 13,75%, pela quinta vez seguida, desde agosto de 2022, no patamar mais alto desde 2017. A Selic deve ficar vigente até o fim do mês de março.
Segundo o BC, a decisão "reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024".
A instituição financeira ainda avaliou que, "sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego".