Apurações de 'rachadinhas' tem investigados em 21 das 27 unidades federativas
Caso que envolve repasses de dinheiros envolvem de vereadores a ex-governador
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O caso das "rachadinhas", que envolve o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e seu ex-assessor Fabrício Queiroz, aponta a participação de vereadores e até ex-governador. É o que revela a reportagem da Folha de S.Paulo, divulgadas nesta quarta-feira (30).
Segundo o site, há denúncias ao Ministério Público, condenações na Justiça ou movimentações relevantes em tribunais sobre agentes públicos em 21 das 27 unidades federativas. Os inúmeros repasses em dinheiro, na maioria das vezes, são para pessoas que nem sequer trabalham de fato nos gabinetes, os chamados "funcionários fantasmas".
Entre os já denunciados estão o presidente afastado da Assembleia Legislativa do Acre, deputado Nicolau Júnior (PP); Flávio Bolsonaro, que é acusado de liderar uma organização criminosa para recolher parte do salário de seus ex-funcionários em benefício próprio; e, também na Assembleia do Rio de Janeiro, o deputado estadual Márcio Pacheco (PSC), acusado de peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Nos últimos anos, também foram denunciados em esquemas de “rachadinha” do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que foi um dos principais líderes do MDB da Bahia, e o ex-governador do Rio Grande do Norte Robinson Faria (PSD). Há ainda acusações contra os deputados federais Arthur Lira (PP-AL) e Silas Câmara (Republicanos-AM).
Em outros estados, há condenações apontadas a vereadores em Hortolândia (SP), Itabira (MG), Viana (ES) e, no Paraná, em Foz do Iguaçu e Curitiba, e de até um ex-prefeito, em Caxambu do Sul (SC).