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Bahia

Arara-azul-de-lear vive em centro de disputa por construção de parque eólico na Bahia

Empresa responsável pela obra afirmou que vai priorizar a preservação da ave

Por Da Redação
Ás

Arara-azul-de-lear vive em centro de disputa por construção de parque eólico na Bahia

Foto: Wiki-Aves/Reprodução

Desde o início do século XXI, a população da arara-azul-de-lear, espécie ameaçada de extinção, recuperou-se de forma considerável em seu habitat na caatinga da Bahia. No entanto, a área é alvo de uma disputa judicial entre defensores e críticos de um projeto de geração de energia eólica. As informações são do jornal Folha de S.Paulo

De acordo com a empresa responsável pela área, a multinacional francesa Voltalia, o local recebeu investimentos de R$ 840 milhões, está praticamente pronta e vai seguir uma série de procedimentos para reduzir os riscos que as aves poderiam correr.  

Contudo, uma liminar concedida em abril após uma ação civil pública suspendeu a licença de operação do parque eólico na cidade de Canudos, no estado.  

A ave da caatinga pertence ao mesmo gênero da arara-azul-grande, muito conhecida por quem visita o Pantanal e presente em trechos do cerrado e Amazônia. 

O principal alimento é o licuri, fruto de palmeira com coquinhos difíceis de serem quebrados. A perda dos licurizeiros por causa do desmatamente é um dos fatores por trás da redução populacional da espécie no passado. Mas, há ainda o impacto do tráfico de animais e da caça, além da crise climática. 

De acordo com o CEO da Voltalia, Robert Klein, o projeto eólico na região foi formulado levando em conta a situação da arara azul. "Seria inocente da nossa parte não pensar em tudo isso, já que a missão da empresa define desde o princípio a preocupação com as energias renováveis e com a biodiversidade. Além de mitigar os impactos sobre a espécie, a nossa intenção é que o parque eólico tenha um efeito positivo direto sobre ela", disse.

Ainda segundo ele, a Voltalia tem investido na recuperação dos licurizeiros e na criação de uma reserva particular em uma área de nidificação da espécie, que deverá ter 5.000 hectares. 

Klein também afirmou que as turbinas serão pintadas em cores escuras, para ajudar as aves a enxergá-las melhor e desviar delas, além de equipar os equipamentos com um sistema de inteligência artificial que detecta a proximidade das aves e pode paralisar temporariamente as hélices, para que não haja risco de colisão.  

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