Aras recusa delação que citava filho do ex-ministro do TCU
Delação foi homologa por Bretas no final de julho
Foto: Reprodução/Diário FM
A equipe do Procurador-geral da Republica, Augusto Aras, recusou trechos da delação premiada de Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio do Rio de Janeiro, que citavam ministros do TCU (Tribunal de Contas da União), notadamente o advogado Tiago Cedraz, filho do ex-presidente da Corte, Aroldo Cedraz.
Segundo informações do colunista Guilherme Amado, a colaboração foi homologada por Marcelo Bretas no final de junho. A PGR (Procuradoria-Geral da República) afirmou já ter provas suficientes para colocar na rua uma operação contra Cedraz e os outros acusados ??por Diniz.
Além dos fatos do Rio que acabaram sendo o corpo central da delação, Diniz revelou intricados esquemas, o mais palpitante deles supostamente articulado com Tiago Cedraz, onde admitiu o pagamento de R$ 13 milhões a Tiago em diferentes contratos, para que então filho do presidente do TCU parasse de atuar contra ele no tribunal.
O Esquema
De acordo com Diniz, Tiago fez uma dobradinha com o ex-presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e agora advogado Cesar Asfor Rocha, para não deixar vestígios de onde atuavam de fato. Ele afirmou ter ouvido de Tiago que ele criava contratos de advocacia para atuar no STJ, quando, na verdade, atuaria junto ao TCU.
Já Asfor Rocha contratos contratos para atuar no TCU, quando era no STJ que atuava de fato. Mas nada disso interessou a Aras, em mais um de seus desígnios que causa espanto à sua equipe na PGR.
