Argentina eleva taxa de juros pela sétima vez e chega a 60%
Ministra da Economia Silvina Batakis pediu demissão, mas presidente nega
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O Banco Central da República Argentina (BCRA) elevou a taxa de juros, a Leliq (Letra de liquidez), em oito pontos percentuais, alcançando 60% ao ano. Esta é a 7ª alta em 2022 e equivale a uma Taxa Efetiva Anual (TEA) de 79,8%.
Depois de 24 dias no cargo, a ministra da Economia, Silvina Batakis, enviou, na quinta-feira (28), pedido de renúncia ao presidente Alberto Fernández. Mas o presidente negou. Ela substituiu Martín Guzmán, que também pediu demissão.
Fernández decidiu anunciar a criação de um “superministério” que unifica os ministérios de Economia, Desenvolvimento Produtivo e Agricultura, Pecuária e Pescas, sob o comando do presidente da Câmara, Sergio Massa.
Manter a taxa de juros em percentual real positivo faz parte do acordo firmando em março deste ano, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para reestrutura uma dívida de US$ 44 bilhões (R$ 228,2 bilhões na cotação atual), no qual o país deve, entre outros pontos, manter a taxa de juros em percentual real positivo, como forma de atrair investimentos a títulos públicos.