Arrastões, agressões, roubos e furtos interrompem show da Virada Cultural, em São Paulo
Os atos de violência ocorreram durante a madrugada deste domingo (29) no palco principal do evento, no Vale do Anhangabaú
Foto: Reprodução/Instagram
A Virada Cultural de São Paulo, que começou neste sábado (28), com diversos shows espalhados pela cidade teve a madrugada deste domingo (29) marcada por violência no palco principal do evento, no Vale do Anhangabaú, centro da capital. Ocorreram arrastões, roubos e furtos de celulares, agressões e a interrupção do show por causa de briga, segundo informações do G1.
Parte do público que estava presente no local criticou a atuação das forças de segurança e acusou policiais militares e guardas-civis metropolitanos de não agirem para impedir os crimes. Segundo a reportagem, houve um momento em que agentes da Polícia Militar (PM) bateram com cassetete numa estudante, que ficou sangrando e precisou de atendimento médico.
Outras pessoas também ficaram feridas após terem sido agredidas por grupos de 30 a 50 criminosos. Guardas e policiais chegaram a dizer à reportagem que tiveram prisões de suspeitos de crimes na região.
Além disso, os atos de violência fizeram com que o show de Kevinho, programado para as 23h de sábado, fosse paralisado antes do fim. De acordo com o funkeiro pessoas estavam se machucando no local, e a decisão foi da prefeitura. Durante a performance do artista foi possível ver pessoas sendo levadas por bombeiros ao pronto-socorro, além de cenas de correria e de agressão.
Ainda segundo o G1, estabelecimentos que vendiam comida e bebida no local também interromperam o serviço antes do previsto devido à insegurança. "Vamos ficar aqui até o pessoal vir tirar a gente, o segurança", disse a atendente Ingrid Rodrigues, de 24 anos, que estava junto dos demais funcionários presos em uma das lojas, como forma de proteção.
Parte do público culpou a segurança da Virada Cultural pelos problemas ocorridos. Fã de Kevinho, João Portela, de 26 anos, foi agredido durante o show do funkeiro ao lado de sua mãe. A reportagem encontrou ele com o rosto inchado e com marcas de sangue.
"Estamos ali na praça. No tempo que eu estou ali, já foram uns 15 arrastões. Não tem policiamento, ali não tem nada, é só bandido. Se eles não levam o que eles querem, eles te batem", relatou.