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Cultura

Artista visual faz exposição no Museu do Recolhimento dos Humildes e articula masculinidades e território

Mostra acontece de 24 de novenbro deste ano a 21 de janeiro de 2021

Por Da Redação
Ás

Artista visual faz exposição no Museu do Recolhimento dos Humildes e articula masculinidades e território

Foto: Divulgação

“Um cansaço inerente ao corpo preto brasileiro em suas infindáveis tentativas de encontrar seu lugar, sua forma, seu eixo”. Para o artista visual Lucas Nascimento, esse é o tema que move a sua investigação, apresentada ao público pela primeira vez no Museu do Recolhimento dos Humildes com a mostra “h – Gênesis” de 24 de novembro de 2021 a 21 de janeiro de 2022. No dia 24 de novembro, às 10h, será realizada, junto com a abertura, uma roda de conversa com o artista. O museu funciona de segunda a sexta, das 9h às 16h, na Praça Frei Bento, em Santo Amaro.

A partir de seu estudo da forma física masculina, desenvolvido em diferentes linguagens artísticas, a investigação articula os marcadores de sua identidade de homem-preto-gay-sertanejo às tensões raciais experimentadas de modo coletivo. A mostra é uma cartografia dessa encruzilhada expressa em barro, tela e tecido. 

Como explica Paola Publio, coordenadora do Museu do Recolhimento dos Humildes, além da conscientização sobre a importância do patrimônio cultural, o espaço tem se aproximado e integrado à comunidade através de ações dinâmicas e recreativas: “A educação é uma das funções centrais dos museus, buscando traçar uma relação de afeto entre a comunidade e o seu patrimônio, em que todos se sintam engajados e inseridos num objetivo comum, que é preservar aquilo que lhe é seu por direito”.   


Sobre o artista

Natural de Irecê, no sertão da Bahia, é discente da Licenciatura Interdisciplinar em Artes no Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e artista das visualidades, com pesquisa no campo das masculinidades negras e territorialidade. Seu trabalho, autobiográfico, explora a experiência negra brasileira para produzir contranarrativa, tema que desenvolve através da pintura, escultura, fotografia e colagem digital. Aliado a isso, desde 2019, vem cultivando artistas independentes em grão, espaço de fomento às artes independentes em Santo Amaro do qual é cofundador e curador.

 

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