Assembleia Geral da ONU elege presidente da 78ª sessão para representar países da América Latina e Caribe
Sessão começa em setembro deste ano

Foto: UN Photo/Loey Felipe/Divulgação
A Assembleia Geral das Nações Unidas elegeu na última quinta-feira (1) o presidente da 78ª sessão, que começa em setembro deste ano. Dennis Francis é de Trinidad e Tobago e assume o cargo representando os países da América Latina e Caribe. O diplomata possui cerca de 40 anos de carreira.
Dennis Francis afirmou que assumirá o comando do órgão priorizando temas como paz, prosperidade, progresso e sustentabilidade, especialmente em questões climáticas.
Francis apontou outros temas prioritários, como encorajar e facilitar o diálogo significativo. O presidente eleito adicionou que espera criar “uma atmosfera renovada de conciliação, cooperação e compromisso compartilhado para enfrentar os muitos desafios e aproveitar todas as oportunidades”.
A Assembleia Geral é composta por todos os 193 Estados-membros da ONU, todos com direito a voto igual. Suas funções incluem nomear o secretário-geral das Nações Unidas, sob recomendação do Conselho de Segurança, e aprovar o orçamento anual da Organização.
Momento desafiador
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a liderança chega em um momento profundamente desafiador para humanidade, com conflitos e caos climático, aumento da pobreza, fome e desigualdade, desconfiança e divisão.
O líder da organização disse que o novo presidente também traz uma perspectiva crítica, já que muitas questões abordadas na Assembleia Geral, como a mudança climática e o atual sistema financeiro global, atingem mais duramente os pequenos Estados insulares em desenvolvimento, como Trinidad e Tobago.
Carreira
Dennis Francis é atualmente o embaixador de Trinidad e Tobago na ONU. O representante permanente teve uma carreira diplomática que se estende por quase quatro décadas. Nesse período, ocupou o cargo de embaixador por 18 anos consecutivos até sua aposentadoria compulsória em 2016, sendo o mais experiente do país nessas funções.
Antes de deixar o cargo de diretor de Relações Multilaterais, atuou como assessor sênior do Ministro das Relações Exteriores em assuntos multilaterais, incluindo mudanças climáticas e negociações para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que contém as metas globais.