Assessoria técnica da CPMI avaliará se Cid descumpriu decisão do STF ao ficar calado
Informação foi divulgada pelo deputado federal Arthur Maia, presidente da Comissão
Foto: Reprodução/TV Senado
Presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, o deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA) afirmou, na noite desta terça-feira (11), que uma assessoria técnica vai avaliar se Mauro Cid descumpriu medida judicial ao permanecer totalmente em silêncio durante depoimento ao colegiado.
“É um direito que cabe ao depoente, e nós da CPMI, na medida que o Supremo disse que ele deveria e tinha obrigação de responder aquilo que tinha conhecimento e não o incriminava, e nem assim ele respondeu, obviamente que vamos verificar com a assessoria jurídica da comissão para saber até que ponto isso foi um descumprimento de ordem judicial”, explicou o deputado.
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) foi convocado para depor à CPMI, mas conseguiu uma decisão no Supremo Tribunal Federal (STF), pela ministra Cármen Lúcia, para que ficasse em silêncio nos casos que pudessem incriminá-lo.
Entretanto, ele não respondeu a nenhuma pergunta dos deputados, incluindo qual era sua idade. Arthur Maia afirmou que a conduta do tenente-coronel era desrespeitosa à decisão do STF, levantando a possibilidade de fazer uma denúncia contra o depoente à Suprema Corte.
Mauro Cid foi preso em maio deste ano por suspeita de participação em um suposto esquema de fraude em certificados de vacinação contra a Covid-19. Ele também é investigado em outros dois inquéritos que apuram seu envolvimento nos atos criminosos de 8 de janeiro e no caso das joias recebidas pelo governo Bolsonaro da Arábia Saudita.