Ataque a hospitais de Gaza impossibilita saída de brasileiros, diz embaixada do Brasil
Cerca de 30 brasileiros e seus familiares vivem expectativa de saída do país desde sexta-feira (10)
Foto: Reprodução/Hasan Habee
Até o momento, não há uma possibilidade de saída dos 34 brasileiros e seus familiares da Faixa de Gaza através da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. A informação é de Alessandro Candeas, embaixador do Brasil na Palestina e o motivo seria um ataque ocorrido em hospitais da região.
Conforme explicado por Candeas, a abertura da fronteira para a evacuação dos estrangeiros da Faixa de Gaza depende da passagem de comboios de ambulâncias com feridos, que têm prioridade na fila para cruzar a fronteira. Essa é uma condição prévia para permitir a saída dos estrangeiros autorizados a deixar o território palestino.
A logística de deslocamento das ambulâncias, porém, foi prejudicada após bombardeios em grandes centros de saúde palestinos. “Não há perspectiva para deslocamento desses veículos, pois há hospitais cercados e atacados, sem possibilidade de transferência de feridos do Norte para o Sul da Faixa”, explicou o embaixador, em entrevista à CNN Brasil.
O grupo está aguardando a liberação para atravessar a fronteira e, assim que chegarem ao território egípcio, seguirão por cerca de 55 km por via terrestre até o aeroporto de Al-Arish, no Egito. Lá, uma aeronave da Presidência da República aguarda os brasileiros para levá-los de volta ao Brasil. Antes dos ataques aos hospitais, estava previsto que o primeiro voo com os repatriados de Gaza chegaria ao Brasil no domingo (12).
Além dos 34 brasileiros que já receberam autorização para deixar Gaza, conforme divulgado na última quinta-feira (9), há um segundo grupo de aproximadamente 40 pessoas na região aguardando para serem incluídas em uma próxima lista. Essa informação foi confirmada por membros do alto escalão do Itamaraty na sexta-feira (10).