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Ataque dos Estados Unidos mata comandante do Irã

Objetivo seria para previnir futuros ataques do Irã, segundo o Pentágono

Por Da Redação
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Ataque dos Estados Unidos mata comandante do Irã

Foto: Reprodução

Os Estados Unidos atacou o aeroporto de Bagdá, na madrugada desta sexta-feira(3), e uma das vítimas foi o comandante das Forças Quds, o brigadeiro-general Qassen Suleimani, da unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, e o número 2 das Forças de Mobilização Popular (FMP), o comandante Abu Mahdi al-Muhandis.

Em comunicado, o Pentágono confirmou que a autoria do ataque é americana. "Este ataque teve o objetivo de prevenir futuros planos de ataque do Irã". O texto dizia ainda que "O general Suleimani estava desenvolvendo ativamente planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda a região". Segundo a Casa Branca, o ataque foi por ordem direta do presidente Donald Trump.

Sulemani liderava as Forças Quds desde a década de 1990 e era a figura mais reverenciada das Forças Armadas do Irã, além de ser uma das autoridades de mais alto nível do país. Sua morte eleva drasticamente a tensão entre o país e os EUA. Seu poder dentro das Forças Armadas do Irã o fez ser reconhecido peça revista Times em 2017, como uma das cem pessoas mais importantes do mundo.

O ataque deixou pelo menos oito mortos. As vítimas estavam em comboio das FMP, que atualmente integra as forças Iraquianas. A ofensiva acontece três dias após manifestantes pró-Irã tentarem invadir a embaixada americana na capital do Iraque.

Nas últimas semanas o Iraque tem tido dias de tensão, que ameaça transformar o país em um campo de batalha entre forças apoiadas pelo Irã e Estados Unidos.

Segundo um general do Estado-Maior Conjunto do Iraque, Suleimani e Mohammed Ridha Jabri, o relações públicas da FMP, também morto, tinham cegado de avião ao aeroporto de Bagdá, vindos da Síria.

Em um discurso feito ontem, Sulemani respondeu as ameaças que o presidente americano, Donald Trump, fez nesta semana, dizendo que, se os EUA atacassem o Irã, a retaliação "destruiria tudo o que eles possuem". "Você começará esta guerra, mas seremos os únicos a impor seu fim. Portanto, é preciso ter cuidado ao insultar o povo iraniano e o presidente de nossa república", declarou em transmissão do canal de notícias Al Alam.

O ataque americano faz crescer o risco de que o Iraque se torne uma arena de confronto entre Irã e Estados Unidos, que mantém 5 mil militares no Iraque. As tensões entre Whashington e Teerã aumentaram no último ano, depois que o governo Trump se retirou do acordo nuclear assinado entre o Irã e as principais potências globais em 2015.

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