Ataque dos EUA a porto de combustível mata mais de 70 no Iêmen; área era controlada pelos Houthis
Bombardeio é o mais mortal desde que o governo americano começou os ataques contra o grupo

Foto: Reprodução/X
Os Estados Unidos atacaram um porto comandado pelo grupo extremista Houthis, no oeste do Iêmen, na noite de quinta-feira (17). A ofensiva matou 74 pessoas e deixou 171 feridos.
Segundo a agência de notícias Reuters, a operação configura um dos dias mais mortais desde que os EUA começaram os ataques na região. O grupo é apoiado pelo Irã.
“O objetivo desses ataques era enfraquecer a fonte de poder econômico dos Houthis, que continuam explorando e causando grande sofrimento aos seus próprios compatriotas,” disse o Comando Central dos EUA em uma publicação no X.
Os ataques atingiram diversas regiões do país. A maioria dos bombardeiros, no entanto, miraram o entorno de instalações portuárias, relatou o site de notícias da Al Jazeera.
O grupo prometeu resistir. O oficial Mohammed Nasser al-Atifi disse à Al Marsirah TV que os "crimes do inimigo americano" não impedirão o povo iemenita de apoiar Gaza, mas "fortalecerão sua firmeza e resiliência”.
Desde meados do mês de março, os EUA bombardeiam bases dos Houthis no Iêmen após ordem de Donald Trump. Os Houthis, em resposta, disseram estar em guerra com Washington e aumentaram ataques aos cargueiros.
Os Houthis
O Iêmen foi devastado por uma guerra civil iniciada há 10 anos. Quando os Houthis tomaram o controle do noroeste do país, uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, apoiada pelos EUA, interveio.
Os conflitos deixaram mais de 150 mil mortos. Cerca de 4,8 milhões de pessoas foram deslocadas e 19,5 milhões, metade da população, precisaram de alguma forma de ajuda.
Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, na Faixa de Gaza, os Houthis têm lançado mísseis em direção ao território israelense em solidariede ao grupo palestino.