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Ataques a navios no Mar Vermelho têm afetado comércio global em custos extras e atrasos

Na quinta-feira (8), Maersk alertou que interrupção da navegação pela rota pode durar até um ano

Por Da Redação
Ás

Ataques a navios no Mar Vermelho têm afetado comércio global em custos extras e atrasos

Foto: Jerzy Rakowski

Os ataques a navios de carga no Mar Vermelho têm afetado uma das rotas comerciais mais vitais do mundo nas últimas semanas. Os combatentes do grupo Houthi, com apoio do Irã, têm aumentado seus ataques a navios desde o final de novembro em retaliação à guerra entre Israel e o Hamas.

Na quinta-feira (8), a empresa de transporte marítimo Maersk alertou que a interrupção na navegação pela rota pode se estender por até um ano.

Os atrasos resultantes e os custos adicionais para as empresas de navegação estão alimentando preocupações de que os consumidores, já enfrentando dificuldades devido a um período prolongado de inflação, possam ser impactados por novos aumentos de preços.

Houve uma redução significativa na presença de navios cargueiros no Mar Vermelho e no Canal de Suez, conforme relatado por Richard Meade, editor-chefe da publicação marítima Lloyds List, à CNN.

Esses navios, responsáveis pelo transporte de uma variedade de produtos, desde celulares fabricados na Ásia até clientes na Europa, estão optando por rotas mais longas para evitar a região.

Essa mudança representa um grande desafio, já que o Canal de Suez, conectando o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo, é responsável por 10 a 15% do comércio mundial, incluindo exportações de petróleo, e por 30% dos volumes globais de transporte de contêineres.

Apesar dos impactos nos custos de envio e nas cadeias de abastecimento, os analistas sugerem que a situação atual é menos severa do que durante o auge da pandemia.

No entanto, a crise atual já está tendo repercussões, com a Tesla interrompendo parte de sua produção devido a atrasos na entrega de peças automotivas para a Alemanha, e a gigante do mobiliário Ikea alertando sobre uma possível escassez de produtos.

A mudança nas rotas marítimas resultou em custos adicionais, incluindo combustível e seguro mais caros, bem como taxas de fretamento e salários mais elevados para a tripulação.

Segundo Peter Sand, analista-chefe da Xeneta, empresa de dados de frete marítimo e aéreo, as transportadoras estão enfrentando custos adicionais de cerca de US$ 1 milhão por navio para contornar o extremo sul da África.

Isso levou as transportadoras a aumentarem as taxas de frete e a acrescentarem sobretaxas de emergência, elevando os custos de envio para as empresas e, potencialmente, para os consumidores.

Apesar dos desafios atuais, os analistas consideram que a situação é melhor do que durante a pandemia, mas alertam que qualquer escalada do conflito na região ou aumento nos preços do petróleo pode ter impactos significativos nos custos de envio e nos preços dos produtos para os consumidores.

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