Ataques cibernéticos causaram prejuízo de R$ 923 milhões à Americanas
Informação foi divulgada no balanço comercial do 1º trimestre deste ano da empresa
Foto: Postmodern Studio / shutterstock
Em balanço comercial referente ao primeiro semestre deste ano, a Americanas apontou um prejuízo de R$ 923 milhões após ataques cibernéticos sofridos em 19 e 20 de fevereiro de 2022.
O ataque ocorreu também ao Submarino, marca que também compõe a Americanas S.A. Na época, a ação foi reivindicada pelo Lapsus, grupo que teria supostamente invadido o Ministério da Saúde em outra ocasião.
Em documento, a Americanas aponta que comunicou ao mercado estar passando por um incidente de segurança e, como medida de proteção de dados dos clientes, fornecedores e parceiros, as plataformas de e-commerce foram retiradas do ar.
Por meio do mantimento de funcionamento das lojas físicas e da operação logística, a empresa realizou a entrega dos pedidos feitos em plataformas antes dos ataques.
“Para somar forças ao nosso time interno e às empresas parceiras de segurança, na resolução e investigação deste incidente, acionamos especialistas mundialmente reconhecidos e com experiência em situações como essa. No dia 23/02, começamos a restabelecer gradualmente nossos ambientes de e-commerce, sempre observando os devidos protocolos de segurança, e, no dia 24/02, retornamos com todos os nossos canais de atendimento e ampliamos horários e benefícios para os clientes”, afirmou trecho do relatório divulgado na últimas semana.
Aumento nas vendas
Com um prejuízo de quase R$ 1 bilhão, a Americanas apresentou um bom resultado ainda pro trimestre. Na comparação entre o 1° trimestre de 2022 com o mesmo período de 2021, o documento aponta um aumento de 20% nas vendas. Sem os ataques cibernéticos, a previsão é de que o número fosse de 30%.
Além disso, a marca também registrou um aumento de 24,3% na receita bruta digital (R$ 4,7 bilhões, em 2022, contra R$ 3,8 bilhões, em 2021) e aumento de 30% no lucro bruto digital.