Atletas de Salvador são destaques em Paraolimpíada

Foi com o objetivo de formar "cidadãos" que Sérgio Oliveira fundou o Projeto "Remo sem Fronteiras", voltado para comunidades, portadores de deficiência física, motora,  população de baixa renda, crianças, jovens e idosos. 

O Remo sem Fronteiras nasceu no ano 2000, no Dique do Tororó em Salvador, e tem como finalidade de reabilitar e trazer para o esporte as pessoas que, por alguma razão se encontram fora do meio da sociedade. A estratégia de ressocialização iniciou no esporte aquático, no remo-olímpico, com incentivos e motivação através de uma equipe com psicólogo e personal.

Ao longo dos anos o projeto cresceu e gerou outras vertentes para inserção social, como a escola de música, artes, capoeira, Canoa Hawaiana. Para Sérgio Oliveira, o melhor pódio alcançado é "aquele menino que não tirava notas boas na escola e hoje segue bem nos estudos, aquele que não era bom dentro de casa e agora voltou ao bom comportamento. Então resgatamos os valores nele, hoje temos pessoas que se formaram em medicina, professor de Educação Física, são colegas hoje que, em contrapartida nos dão apoio como forma de retribuir todo incentivo", afirma. 

De acordo com Oliveira, o Remo sem Fronteiras tem uma base baiana e em 2007 participou da primeira competição internacional, na Alemanha,  sobretudo com quatro atletas que foram medalhistas, e um atleta vice-campeão mundial. O Canoas Sem Fronteira surgiu como forma de reabilitação e recondicionamento das funções motoras, já beneficiou cerca de 600 pessoas e hoje é voltado para todo desenvolvimento e formação de pessoas no convívio social e para população de baixa renda e formação de atletas. 

Atualmente o projeto participa do quadro seletivo para a próxima paraolimpíada que será em 2020 e conta com dois competidores que estão voltados para participar do evento esportivo.