Augusto Aras abrirá 'ampla investigação' contra institutos de pesquisa, diz aliados de Bolsonaro
Objetivo é apurar criminalmente a atuação das empresas nas eleições

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pelo segundo turno pela Presidência da República, aliados do chefe do Executivo afirmaram à CNN que o procurador-geral da República, Augusto Aras, deve abrir "ampla investigação" sobre o trabalho de institutos que medem as intenções de votos no país.
O argumento dos aliados é de que as pesquisas subestimaram o apoio dado a Bolsonaro que, com 99,99% das urnas apuradas, conquistou 43,20% dos votos na eleição de domingo (2). O adversário Lula obteve 48,43% dos votos válidos.
Na avaliação dos aliados de Bolsonaro, as projeções mostraram o petista à frente do atual presidente porque os institutos teriam influenciado no voto os eleitores. Diante disso, a PGR deve "mergulhar a fundo" na investigação para apurar a atuação das empresas.
À CNN, representantes das empresas disseram, em caráter reservado, que o resultado final da eleição mostrou que uma combinação de fatores: a não captação do eleitor de Bolsonaro somado à possível migração do eleitorado de Ciro Gomes (PDT), que terminou em quarto lugar, com 3,04% dos votos válidos, para o presidente da República.