Augusto Aras: um homem certo, na hora e lugar certos
Confira o artigo do Conselheiro Francisco de Souza Andrade Netto, vice-presidente da ABRACOM e Conselheiro do TCM/BA
Foto: Ascom / TSE
O Brasil tem a oportunidade de ter à frente do Ministério Público Federal um dos melhores quadros da Procuradoria da República à altura da conjuntura de turbulência, que marca o momento nacional, impregnada de sectarismo, e que exige homens e mulheres de bom senso, equilíbrio, firmeza e serenidade, em especial, na aplicação da lei, único recurso capaz de promover a pacificação em uma sociedade dividida. Refiro-me ao subprocurador geral da República Augusto Aras, escolhido pelo Presidente da República para exercer o elevado cargo de Procurador-Geral da República. Conheço Augusto Aras de muitos anos. Sua família tem raízes na região onde nasci, no sertão da Bahia somos amigos.
Essa circunstância, contudo, não me impede de reconhecer seus atributos de inteligência, vasta cultura e elevada competência profissional, aliados ao distinto trato pessoal. Augusto Aras tem uma sólida formação acadêmico-profissional. Formou-se em direito pela Universidade Católica do Salvador. É mestre em direito econômico pela Universidade Federal da Bahia e doutor em direito constitucional pela Pontifícia Universidade de São Paulo e professor da Universidade de Brasília, com obras publicadas, especialmente em direito eleitoral, inclusive com suas teses reconhecidas pelos tribunais superiores pátrios. Ingressou mediante concurso público no Ministério Público Federal, exercendo diversos cargos na estrutura ministerial, dentre os quais o de Procurador Regional Eleitoral na Bahia.
Em decorrência da sua reconhecida competência jurídica tem sido requisitado para compor comissões de juristas para elaboração de estudos e projetos de lei inovadores do ordenamento jurídico nacional e distinguido com diversos títulos e comendas. É um homem sereno e firme. Enfrentando o patrulhamento ideológico, não tergiversou ao afirmar “todas as minhas manifestações estão no contexto da Constituição e das Leis do país. Reconheço uma doutrina politica do Estado, adotada pela Constituinte de 88, que é a democracia participativa, e neste universo, tudo que for contrário a essa democracia participativa merecerá o meu repúdio, formalmente e informalmente, é assim que tenho produzido as minhas ações na minha atividade funcional.
Essa é a doutrina”. Por tudo isso, conhecendo, como conheço Augusto Arás jamais desmerecerá seu patrimônio ético e jurídico profissional, construído com trabalho e dedicação. É, certamente, o homem certo, na hora e no lugar certos.