Augusto Vasconcelos cobra melhorias de Bruno Reis e promete oposição ‘forte’ na Câmara nos próximos anos

O vereador reeleito Augusto Vasconcelos (PCdoB) fez uma análise sobre as expectativas para a nova legislatura da Câmara Municipal de Salvador (CMS), que terá início em janeiro de 2025.

Durante a cerimônia de anúncio da expansão do programa Pé-de-Meia, realizada pelo presidente Lula (PT) nesta quinta-feira (17), em Salvador, o parlamentar destacou que a cidade tem "uma série de questões" a serem resolvidas e disse esperar que sejam enfrentadas pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), reeleito com mais de 70% dos votos no primeiro turno. 

"Temos a expectativa de que [Bruno Reis] enfrente problemas como o transporte público, o IPTU injusto, questões de segurança que a prefeitura precisa assumir, além de desafios de infraestrutura nos bairros. [...] A cidade tem uma série de questões a serem resolvidas", declarou.

“Nós temos uma oposição na cidade muito qualificada, com quadros que são oriundos dos movimentos sociais, que têm história na militância popular, e eu tenho certeza que, apesar de sermos minoria na Câmara Municipal, nós vamos continuar dando grandes contribuições à cidade”, completou. 

Eleições para presidência da Câmara

Augusto Vasconcelos afirmou ainda que a Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, realizou uma reunião na quarta-feira (16) para definir os encontros onde será discutido o posicionamento do grupo em relação à presidência da Câmara.

A eleição interna no Legislativo Municipal ocorrerá no dia 2 de janeiro de 2025. O atual presidente, Carlos Muniz (PSDB), já conta com o apoio dos partidos União Brasil, PP, PL, PDT, DC, PRD, Podemos, PSDB e Cidadania.

“Carlos Muniz teve um papel importante para assegurar o contraditório, respeitando os debates. [...] vamos apresentar os programas que a oposição entende ser fundamentais para anunciarmos publicamente o apoio à candidatura dele à presidência”, explicou.

Atraso na revisão do PDDU

A revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) é cobrada pela oposição na Câmara Municipal de Salvador, pois já completou oito anos sem análise. Além disso, na proposta orçamentária para 2025, Bruno Reis prevê um aumento de 12% nas receitas municipais provenientes do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Esse cenário foi criticado por Augusto nesta quinta-feira. Na avaliação do vereador, os valores do IPTU prejudicam a economia da cidade e causam ​​o afastamento de empresários. O parlamentar tem como foco dar continuidade à discussão na Casa.

"Nos últimos três anos, fui autor de emendas importantes para equacionar as distorções tributárias da cidade. No entanto, infelizmente, parte delas não foi aprovada. [...] A revisão do PDDU é uma discussão que o prefeito tem empurrado, mesmo após o encerramento da vigência em junho. Esperamos que, nesse diálogo, tenhamos uma ampla valorização popular, garantindo que a cidade retome o protagonismo econômico”, disse.

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