Aumento de casos de pneumonia atípica preocupa hospitais em São Paulo e levanta alerta no país
Segundo especialistas, variante é mais silenciosa e perigosa; saiba o porquê
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Hospitais de São Paulo têm observado um aumento significativo nos casos de pneumonia, com destaque para um tipo específico conhecido como pneumonia atípica ou "silenciosa". Esta variante da doença é caracterizada por sintomas iniciais menos evidentes, o que muitas vezes leva os pacientes a adiarem a busca por atendimento médico, resultando em diagnósticos tardios e agravamento da condição. Os casos levantaram um alerta no país.
A Dasa, empresa que administra o Hospital Nove de Julho, o Hospital Santa Paula e o Hospital Brasília, confirmou o aumento no atendimento de pacientes com pneumonia grave, atribuído possivelmente à pneumonia atípica. "Houve um aumento no atendimento de pacientes com pneumonia grave, que pode estar relacionado à pneumonia atípica", informou a empresa.
Embora a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo não possua registros detalhados sobre os tipos específicos de pneumonia, incluindo a silenciosa, a pasta admitiu um aumento geral nos casos da doença, especialmente entre crianças.
O que é pneumonia atípica?
A pneumonia atípica se diferencia da pneumonia comum tanto pelos sintomas quanto pelos agentes causadores. O principal microorganismo responsável é a bactéria Mycoplasma pneumoniae, embora Chlamydia pneumoniae e Legionella pneumophila também possam estar envolvidos, conforme informações da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).
A doença é contagiosa e pode ser transmitida através de gotículas de saliva contaminadas, especialmente em ambientes fechados. Inicialmente, os pacientes podem experimentar sintomas leves como mal-estar, dor de garganta, dor de cabeça e febre. Após três a quatro dias, a tosse seca se desenvolve, podendo tornar-se produtiva, mais intensa e persistente.
Embora geralmente autolimitada, com resolução dos sintomas entre duas a quatro semanas, a pneumonia atípica pode, em alguns casos, evoluir para um quadro clínico grave, mesmo com o uso de antibióticos.
Medidas de prevenção como a higiene das mãos e a proteção contra gotículas respiratórias são essenciais. A identificação precoce dos sintomas e a busca imediata por atendimento médico podem evitar complicações graves.