Aumento de casos não eleva número de óbitos por Covid-19, diz Marcelo Queiroga
Durante uma entrevista, o ministro da Saúde destacou que nos próximos 15 dias serão distribuídos 14 milhões de testes rápidos de antígenos
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (10), ao chegar no ministério, que acredita que o avanço da covid-19 no Brasil deverá ter desempenho semelhante a alguns países europeus, com registros de aumento de casos, porém sem aumentos significativos no número de óbitos, em termos proporcionais. Ainda segundo Queiroga, nos próximos 15 dias, serão distribuídos 14 milhões de testes rápidos de antígenos.
“Em janeiro vamos distribuir 40 milhões de testes rápidos de antígenos. Destes, 14 milhões nos próximos 15 dias. É necessário que tenhamos novamente o empenho dos municípios para fazerem essa testagem na atenção primária e enviar esses resultados ao Ministério da Saúde, para que tenhamos visão da evolução da pandemia”, disse.
De acordo com o ministro, não está sendo observado, no país, “aumento proporcional no número de óbitos”, por conta da doença. Com isso, o Brasil deverá ter, na avaliação dele, “desempenho semelhante ao que ocorre em países da Europa como Espanha, Reino Unido e França, onde houve incremento de casos mas não houve subida de óbitos”, afirmou. “Mas temos de esperar a evolução da pandemia para termos posição mais definitiva sobre o tema”, acrescentou.
Queiroga ainda destacou que o ministério tem provisões e estoques reguladores para assegurar o abastecimento de estados e municípios “com aquela capacidade máxima de consumo que houve no pico de pandemia por um período de três meses”. “Temos cenário pandêmico de certa incerteza, em face da variante Ômicron, mas temos a esperança de que não haja uma explosão de internações hospitalares, nem aumento proporcional de óbitos porque nossa população está fortemente vacinada”.
Ainda segundo o ministro, o total de leitos aumentou de 23 mil, antes da pandemia, para 43 mil, no período de pico da doença. “Então, no pior cenário, temos capacidade de duplicar os leitos de terapia intensiva, se esse for o caso. Mas é necessário também que municípios e estados nos informem para garantir que não faltem insumos estratégicos, como oxigênio e kits de intubação.”
Como informou Queiroga, ainda hoje o governo deverá decidir sobre a questão da quarentena, de forma a encurtar o período necessário para aqueles que contraíram a doença. Segundo ele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou uma sugestão para flexibilizar a restrição dos cidadãos da África e dos países vedados por conta da variante Ômicron.