Michel Telles

Autoconstrução representa riscos às famílias brasileiras

Arquiteto Márcio Barreto destaca perigos na execução de obras sem o auxílio de profissionais qualificados

Por Michel Telles
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Autoconstrução representa riscos às famílias brasileiras

Foto: Divulgação

Estima-se que 85% da população economicamente ativa do Brasil não utilizou os serviços oferecidos por um arquiteto ou engenheiro ao reformar ou construir os seus imóveis residenciais. Esses são os dados da última pesquisa realizada CAU/BR-Datafolha.

Denominada autoconstrução, a prática tende a ser comum na edificação de mais um andar de casa sobre a residência de pais e familiares. O problema é que, se a habitação inferior não tiver a sua fundação dimensionada para a construção de novos andares, existirá sérios riscos estruturais. As fissuras nas paredes serão um dos primeiros sinais visíveis de que a edificação não esteja suportando o peso da construção superior e essa situação normalmente é irreversível.

Segundo o arquiteto Márcio Barreto, a presença de um profissional qualificado gera economia, qualidade e segurança. “No projeto, o arquiteto conhece todos os desejos da família para o espaço, planeja e representa através dos desenhos as soluções para atender as necessidades. Acompanhando a execução da obra o profissional garante que tudo seja executado conforme definido em projeto e fazendo ajustes que porventura ocorram em imprevistos na obra”, explica.

Pensar em soluções que unam estética, funcionalidade e competências técnicas de estrutura e seguridade, estão entre as atribuições dos profissionais de arquitetura e engenharia. Ocorre que um dos principais pontos vistos em construções irregulares, ou sem auxílio técnico-profissional, está relacionado ao investimento de construção x a qualidade da habitação.

“Muitas pessoas investem em materiais de acabamentos caros, mas a divisão dos espaços é malfeita, portas e janelas são locadas em posições que não favorecem a ventilação, ambientes posicionados erroneamente em relação ao percurso de sol, e dimensionamento equivocado das estruturas, que podem tornar a residência passível de fatalidades (quando subdimensionadas) ou gastos exorbitantes desnecessários (quando superdimensionadas)”, descreve Barreto.

Especialista em arquitetura acessível – com reconhecimento nacional, Márcio Barreto sempre acreditou na transformação que a arquitetura pode promover na vida das pessoas. Vencedor dos prêmios Portobello + Arquitetura, Destaque Sustentabilidade Nacional em 2018, e ambiente destaque nos sete conceitos da Mostra Morar Mais por Menos - Edição Salvador 2018, Márcio é formado em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA e gestor à frente do escritório Arquitetura do Barreto.

Para evitar problemas durante a após a execução de obras, o arquiteto lista os cinco principais benefícios ao contratar um arquiteto.

1.    Ambientes personalizados de acordo a necessidade de cada família.

2.    Soluções criativas, saindo do senso comum.

3.    Conhecer materiais atuais ou novos usos aos materiais existentes.

4.    Planejamento e organização para execução da obra.

5.    Economia, pois na etapa de projeto todas as soluções dos espaços já foram pensadas. Dessa forma elimina-se situações em que a pessoa não gosta do espaço durante a execução da obra, o que gera retrabalho e gastos desnecessários

 

 

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